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O projeto

O projeto "desequilíbrios" consiste na instalação audiovisual acompanhada de uma performance  cuja temática é a discussão acerca das formas de violência e abuso contra a mulher.

A instalação é composta por uma cama de solteiro de ferro preta com colchão e painel para projeção de vídeos. Os vídeos são de caráter documental, composto por relatos de mulheres que passaram por algum tipo de violência física ou psicológica. 

O uso da cama busca aludir a entrada no universo particular de uma pessoa, no caso a mulher que conta histórias dolorosas que viveu, seus traumas e medos. Além desse sentido, o objeto faz referência ao local onde a violência sexual se consuma, imagem reforçada pelo colchão rasgado e velho que compõe a cena. 

Sobre a performance que integrará a instalação

Uma mulher permanecerá no cômodo junto às projeções, onde terá basicamente duas ações como regra de sua performance: cobrir partes do corpo com argila, livrando-se dela depois de endurecida, com seus movimentos corporais que provocarão rachaduras nela; e pingar líquidos por um conta gotas, gota por gota, pacientemente, enquanto equilibra-se em posições corporais difíceis de permanecer em estática. A demanda corporal da performer é apenas de resistência e tônus, e portanto, a performance não é de alto risco. A composição entre corpo em tempo real e corpos projetados, ampliará as possíveis experiências estéticas das pessoas que transitarão pelo espaço. As metáforas desta ação perpassam pelas sensações de imobilidade, de impotência, de enrijecimento e aprisionamento. A busca por um equilíbrio extremamente delicado , enquanto se está exposta, é uma dentre muitas ideias e sensações - infinitas -  despertadas em meio a depoimentos diretos de abuso e violência contra a mulher.

Sobre a projeção audiovisual

Através de uma linguagem documental, a montagem retrata as formas cotidianas e corriqueiras nas quais uma violência subjetiva pode se manifestar. Ao contarem suas histórias de forma coloquial, essas personagens (nada fictícias) denunciam um fenômeno que apesar de se expressar publicamente nas ruas, também se esconde no ambiente privado da cama. Assim, os vídeos conversam com o interlocutor enquanto essas mulheres expressam sua força e coragem ao compartilharem seus relatos. 

O projeto se origina de trabalhos feitos anteriormente pelas idealizadoras:

 

A instalação [Sem Título]

Feita por Ana Luísa Nunes em 2016, na qual após coletar relatos anônimos de abusos contra a mulher na região de Campinas, montou uma instalação que consistiu  no conjunto de uma cama com colchão e 25 destes relatos, que foram impressos em transparência,  dispostos como "móbiles", pendurados por fios de nylon. A instalação foi exposta no Instituto de Artes na UNICAMP(Universidade Estadual de Campinas)

Instalação [Sem Título], Ana Luísa Nunes, 2016
foto por Eduardo Ferreira

O curta metragem "O rio em mim":

Escrito e dirigido por Elena Parravicini, em uma parceria com a Academia Internacional de Cinema. O filme possui como enredo uma crítica à romantização de relacionamentos abusivos, além do empoderamento da mulher como ferramenta fundamental de conscientização em caso de abuso. Trata-se de um projeto em fase de pós-produção, que em 2017, será exibido em festivais de cinema nacionais e internacionais.

https://www.facebook.com/ORioEmMim/

Imagem de divulgação

O rio em mim, 2017

de Elena Parravicini

foto por Alessandra Guedes

"Paloma"

Foto de divulgação dos relatos 

por Elena Parravicini

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